Obsessão

Influência maléfica e persistente que um espírito exerce sobre o outro. Esses espíritos (agente e paciente) podem ser encarnados ou desencarnados.
Há uma variedade de obsessão que extrapola a definição acima, mas o estudioso do tema, Manoel Philomeno de Miranda chama a atenção para ela: a auto-obsessão.

O espírito agente, portador de problemas morais, consciente ou inconscientemente deseja imiscuir-se nos pensamentos e influenciar os desejos e ações do paciente, do obsediado. O fenômeno obsessivo sempre existiu o foi observado na história de diversos povos. Os espíritos obsessores, entretanto foram tomados à conta de demônios - seres voltados eternamente para a prática do mal. Tal, entretanto, não ocorre; os obsessores são espíritos criados como nós; muitas vezes animaram homens que por livre deliberação dedicaram-se à pratica do mal. Esses espíritos, porém regenerar-se-ão. Por meio de provas e expiações, de vidas difíceis e sofredores arrepender-se-ão e passarão a dedicar-se à sua recuperação e posteriormente ascenderão aos estágios superiores da evolução.
A ação obsessiva é viabilizada apenas quando o paciente também é portador de limitações morais ou mesmo de patologias morais que dificultam a anteposição de resistências ao obsessor.

A obsessão pode ter consequências desagradáveis apenas, quando a vítima tem consciência clara da ação a que está submetida e procura desvencilhar-se dela com os recursos apropriados. Há casos, porém que os efeitos da obsessão podem ir mais longe causando transtornos nos relacionamentos pessoais, no comportamento, na saúde e pode até elevar riscos de acidentes e até de crimes.

Allan Kardec classifica a obsessão em:

Obsessão simples - o paciente tem plena consciência - ou pode obtê-la simplesmente por meio de um alerta de pessoa instruída em Espiritismo.

Fascinação - o paciente fica com o pensamento e a capacidade de discernimento, bloqueados e sujeitos ao obsessor que muitas vezes se impõe e é acatado sem contestação pelo fascinado.  O fenômeno pode ser tratado com a ação de um terceiro detentor de autoridade moral para limitar ou mesmo eliminar a ação obsessiva.

Subjugação - o agente passa a dominar pensamentos, gestos e ações de sua vítima. O espírito constrange o obsediado a obedecê-lo, embora nem sempre este ultimo o queira.

Considerando que a causa da obsessão é sempre devida a imperfeições morais, a melhor forma de combatê-la é por meio da educação moral dos envolvidos na trama.

Por meio de reuniões de evangelização e mesmo de desobsessão pode-se dialogar com o desencarnado, esclarecê-lo, chamá-lo à razão, orar por ele, solicitar a intervenção dos espíritos mais avançados, dos bons espíritos dos trabalhadores cristãos.

Já o encarnado poderá ser educado também por meio de evangelização de instrução espírita. Sendo muito aconselhável a prática do evangelho no lar, estudo da Doutrina, principalmente de O Evangelho Segundo o Espiritismo e pela participação em tarefas beneficentes, de ajuda aos carentes e sofredores.

A obsessão também pode ser coletiva, quando um grupo de pessoas, uma cidade ou mesmo uma nação se deixam levar por sugestões negatívas ou maléficas.

Existem muitas vítimas de obsessão, desde as mais discretas, sutis até as ostensivas que podem ser confundidas desequilíbrios nervosos e até com a loucura.

Portanto é necessário prevenir a obsessão por meio do estudo do Espiritismo, do Evangelho e da prática da caridade material e espiritual. O culto da Humildade, do Perdão, da paciência e da prece são antídotos da obsessão. Utilizemos desses recursos preciosos. Educar-se, aperfeiçoar os hábitos também são formas de opor-se à ação dos obsessores.



Postagens mais visitadas deste blog

Regressão de Memória - terapia em reuniões mediúnicas

UMA REENCARNAÇÃO DE DIVALDO FRANCO NA FRANÇA

Epistemologia do Espiritismo