A campanha do quilo e outros exemplos de boas ações são decisivos para divulgação da doutrina espírita.



Por volta de 1976 encontrava-me empregado no Banco do Nordeste do Brasil; participava do curso de menor aprendiz. Em nossa turma havia quase 30 adolescentes entre os quais dois colegas muito cultos que foram educados por seus próprios pais no ateísmo e no materialismo.

Um deles, que vamos denominar W, criado em Recife havia sido aprovado em segundo lugar no concurso admissional. Esse cidadão tem até os dias de hoje o hábito da leitura. Inteligência desenvolvida, dotado de notória capaciade de comprennder conceitos de diversas áreas do conhecimento.

O outro, que vamos denominar K, é oriundo de uma família de fazendeiros. Seus pais induziram os filhos à leitura desde muito cedo. O rapaz lia constantemente a respeito de assuntos também de diversas áreas do conhecimento. Notória Inteligência, cultura muito acima da média.

Eu contava 17 anos, frequentava a mocidade espírita e gostava muito de ler sobre a Doutrina Espírita. Desejava despertar, se possível, todos os colegas para a lógica e os encantos do Espiritismo. Nessa época já realizava a campanha do quilo em companhia de Elias Sobreira. Ouvira relatos a respeito das campanhas em favor dos necessitados que Sr. Sobreira realizava no próprio ambiente de trabalho.

Certa feita K disse que desejava ser rico. Dizia que para ele havia duas coisas na vida “mulher” e dinheiro. Evidentemente que quando ele se referia à mulher, estava querendo expressar que os prazeres materiais seriam suas únicas realizações na vida.
Ao ouvi-lo expressar-se daquela forma, contrariamente aos meus modos quase sempre tímidos, falei com ênfase: “Nós temos responsabilidade pelos atos da vida presente. Após a morte prestaremos contas do nosso comportamento a Deus e à própria consciência”. Ao que K redarguiu:
- Não existe vida pós morte não há alma.

Eu respondi:

 – Existe sim! Podemos identificar a ação da alma até mesmo nos fenômenos psicológicos e neurológicos;  a inspiração genial, por exemplo, se manifesta frequentemente quando o cérebro e suas células encontram-se em atividade reduzida.
Donde podemos concluir que nos momentos em que a alma – fonte da inteligência - está mais livre e os neurônios executam menor número de sinapses, as ideias brilhantes assomam ao pensamento, com frequência. Isto se dá, precisamente, porque a alma semi-liberta da matéria recobra em parte suas faculdades obscurecidas pela matéria.

O Sr K passou a interessar-se pelo assunto. Emprestei-lhe O Livro dos Espíritos. Após uns quatro meses ele me devolveu o precioso volume declarando: todas as religiões dizem que Deus é bom. O Espiritismo diz e prova.
Observo que K, após a leitura da obra basilar do Espiritismo nunca mais foi o mesmo – crença na sobrevivência e em Deus, ações benemerentes e energia, que ele já possuía, agora redobrada para enfrentamento dos desafios da vida.

Com o tempo passei a pedir cooperação, doações aos colegas para os necessitados, mensalmente, na época em que recebíamos o salário.

O Sr. W. por sua vez,  foi tocado pelas ações benemerentes, notadamente pela campanha do quilo. Referia-se ele, também, com muita admiração e respeito aos exemplos de humildade do conhecido médium Chico Xavier.. Hoje é um dedicado trabalhador espírita.

Concluímos que o exemplo de amor e humildade conjugados aos poderosos argumentos de Allan Kardec e do Espírito da Verdade evidenciam que materialismo e ateísmo não passam de equívocos que devem ser superados.

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