UMA BOA OFERTA DE LIVRO ESPÍRITA - II

Os guias, os amigos espirituais e os trabalhadores do progresso procuram esclarecer seus pupilos orientando-os pelo caminho que leva à felicidade verdadeira. Eles nos incentivam, dentre outros bons costumes, a ouvir boas músicas, assistir a bons filmes, bons vídeos, ler bons livros. Eles inclusive nos induzem a comprar livros.

Já senti intervenções dos invisíveis induzindo-me a adquirir livros espíritas do Professor Hermani Guimarães Andrade, de Ernesto Bozzano, vídeos sobre a vida de Eurípedes Barsanulfo, livros não espiritas sobre ciência, astrobiologia, etc. Obras que anteriormente eu tinha visto nas livrarias e não dava importância, mas depois que os amigos invisíveis utilizaram seu magnetismo e induziram-me a adquiri-las entendi que me diziam respeito e traziam ensinamentos e respostas que já vinha buscando há tempos.

Mas voltando à questão de escolhermos publicações espíritas para presentear, exemplifico:

Havia um amigo de trabalho culto, que gostava de conversar sobre ciências e religião. Dentre outras preferências, gostava de conversar sobre a vida de Jesus. Não se ligava a igrejas; estudava o Evangelho de forma independente, mas quando se referia ao Mestre galileu falava com respeito e entusiasmo.

Certa feita, no dia do seu aniversário, convidei-o para, na hora do lanche, dar uma voltinha pelas ruas vizinhas. Ao passarmos por uma livraria solicitei que me aguardasse em frente à livraria. Adquiri nada menos do que "Paulo e Estêvão". Dediquei e presenteei-lhe.

Naturalmente sensibilizado e agradecido, folheou durante alguns instantes, lentamente, com carinho.

Após alguns dias chegaram os comentários: Todo mundo deveria ler esse livro. Que linguagem elegante, que tema maravilhoso.

Algumas décadas depois encontrei-o. O assunto foi o mesmo: Paulo e Estêvão.

Entretanto, há situações em que as pessoas gostam de um livro e pensam que os outros vão gostar como elas. Pode ser um erro. O que é importante ao presentear ou indicar um livro é pensar na pessoa que vai receber.

Certa feita, observei que um sobrinho, rapaz de 16 anos havia lido um artigo que escrevi sobre a evolução da ciência espírita no início do século XX. Percebi que o assunto chamou a atenção do jovem. Decidi presenteá-lo com um livro espírita. Pensei, pensei, não identifiquei algo que pudesse realmente se encaixar e que estivesse à disposição na livraria da cidade em que ele reside (no interior).

Acabei por decidir comprar um livro do espírito Humberto de Campos. Cheguei em uma livraria espírita e solicitei o livro, comentando que era para presentear um jovem de 16 anos. A atendente discordou, disse que tinha um livro mais fácil, mais indicado para o jovem e começou a me "empurrar" o livro. Eu disse que, na minha avaliação, o meu sobrinho tinha condições de entender Humberto de Campos. Ela respondeu que no "seu tempo" os jovens tinham o costume de ler e poderiam entender esse tipo de leitura (no "meu tempo": me chamou de velho). Disfarcei e continuei o diálogo dizendo que eu já havia observado que o jovem era inteligente e capaz.

Nesse ínterim, entrou em cena uma minha parente que estava nas proximidades da livraria, entrou e reforçou o argumento da moça que estava empurrando o outro livro para eu comprar. Acabei cedendo, sem concordar.

Presenteei; o rapaz leu o livro de um dia para o outro. No dia seguinte perguntou: Você tem certeza que esse livro foi comprado para mim?

Fui novamente à livraria, comprei o livro de Humberto de Campos e corrigi em parte o equívoco. Hoje penso: quando voltar lá vou levar outro livro. Provavelmente "O Problema do Ser, do Destino e da Dor". Quero ver se essa juventude é realmente desligada de filosofia ou é até mais capaz do que nós éramos em nossa juventude. Aposto na segunda hipótese.

Postagens mais visitadas deste blog

Estatutos de centros espíritas

UMA REENCARNAÇÃO DE DIVALDO FRANCO NA FRANÇA

Moral