Irmãos necessitados

Comumente, quando aparecem pessoas viciadas, violentas, moralmente desequilibradas, criminosas, ficamos escandalizados, queremos lançar na prisão, bater e torturar. Quando aparecem espíritos obsessores, ficamos com medo e dizemos que os obsessores são espíritos das trevas.

Entretanto é necessário melhorarmos um pouco esse modo de ver, por que no fundo, no fundo, todos nós, que nos consideramos mais ou menos virtuosos e aqueles que denominamos de criminosos estamos na situação de filhos de Deus.

Sob a ótica da imortalidade e da reencarnação, estamos em processo evolutivo. Na condição de filhos de Deus, somos todos irmãos, incluindo aqueles que classificamos como criminosos e obsessores.

Como podemos dizer que nossos irmãos precisam apanhar, ir para cadeia, que precisamos fazê-los sentir o que é ruim, o que fizeram com os outros?

Quem somos nós para nos colocarmos assim como juízes? Somos acaso seres perfeitos? Se conhecêssemos nosso passado reencarnatório não seríamos tão rigorosos com os outros. Se julgássemos a nós mesmos, aos nossos pensamentos, palavras e ações, nos reconheceríamos necessitados da misericórdia de Deus e sem o direito de sermos tão duros para com os outros.

Quando formos assediados por um irmão obsessor, em vez de chamar de espírito das trevas, vamos reconhecê-lo como irmão necessitado. Quando Deus manda alguém com problemas morais para nós, é porque Ele espera que possamos ajudar essas pessoas, estender-lhes mãos fraternas. É necessário dar-lhes oportunidade de regeneração e indicar-lhes o caminho do reerguimento.

Para o espírita, dedicado aos trabalhos do Bem, que pratica a oração todos os dias, duas, três vezes ou mais por dia, o assédio de um obsessor é uma oportunidade de socorrer, de educar e de educar-se, em nome do Pai Celeste.

Vamos irmãos, a partir de hoje, vamos pensar em não mais chamar ninguém de criminoso, evitemos chamar os espíritos desequilibrados, dedicados ao mal de trevosos, de obsessores; eles são nossos irmãos que Deus nos manda para os tratarmos com amor e convidá-los humildemente, amorosamente, com calma, com paciência para o Caminho Cristão, Caminho do Amor, da humildade, do Perdão.

Sem dúvida não estamos atacando as instituições de repressão e reeducação, mas guardamos a certeza que se exemplificarmos a misericórdia e o perdão, nossas instituições serão levadas a aperfeiçoar seus objetivos e seus métodos; tornar-se-ão mais humanas e educativas e menos repressivas.


Paz e Luz a todos

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